Rosa Púrpura - Cap. II

Lilith se move rápida e furtivamente e, logo, já estava no chão às costas daqueles homens.

_Olha só! Três lobos mals... ai que medo.

O primeiro homem, o que segurava a mulher se virou assustado, arremessando a moça na parede, que bate a cabeça desmaia no meio do lixo e ratos, correm apavorados em busca de outro refúgio.

_O Que? – seus olhos mostram surpresa – Donde surgiu esta vadia!

_Não sei. – Diz outro homem, que está com a camisa aberta e uma suástica rústica tatuada no seu braço esquerdo a qual parecia ostentar com orgulho – Mas... parece que a diversão vai ser em dobro hoje! Hehe!

O terceiro se aproxima de Lili, que o esperava com uma das mãos na cintura e um sorriso sensual olhos fixos e cristalinos como duas safiras geladas e brilhantes. O homem se aproxima com uma faca curva na mão direita e na altura da cintura, talvez seja para assustar ou intimidá-la, coisa que não acontecerá.

_Vem aqui gostosa. – Se aproxima rapidamente. Lili abre os lábios, coloca suas mãos duras e frias em volta do seu pescoço e impulsionou-se a beijá-lo.

“Nossa!!!” Pensou consigo mesma. Pode sentir a podridão de sua alma na sua boca. Os outros riram descaradamente. E o eco de suas risadas logo se confunde com o urro de horror que segue. Pois Lili arranca a língua daquele que a beijava e a masca cuspindo fora em seguida. O homem se ajoelha de dor clamando ajuda aos seus colegas, que correram assustados.

_ É o Diabo em nossa frente! – Dizem.

O homem com a suástica, que já agoniza em dor, tem seu pescoço cortado com sua própria faca.

_Até seu sangue era ruim. – Lili sussurra pra si mesma, jogando a faca e indo na direção da rua a procura dos outros dois – E ainda por cima beija mal!!!!

Corre ligeiramente pelas ruas, usando seu olfato e sentindo o cheiro daqueles que fugiram. Até, então, parar em um semáforo onde fecha novamente os olhos.

_Hum! Se separaram um foi pra esquerda. Mas o da direita está mais perto... então é este mesmo!

Nisto já passava das dez da noite e o silêncio imperava. Ela fecha os olhos e sente... Um dos dois homens desesperados, o qual Lili persegue, tomou direção do parque. Diferente do outro bandido, que era baixo e carrancudo, este era alto e magro, de queixo fino e olhos castanhos arredondados que estão vermelhos e irritados. Correndo esbarra em um mendigo e, apavorado, se esconde próximo a uma grande pedra.

Lili o encontra com facilidade e o espreita de um galho alto. Observava que ele tem manchas roxas nos braços, os olhos trêmulos, os lábios machucados de cigarro e a pele pálida. Podia saber, era usuário de drogas, mas não compreender porque os seres humanos torturavam seus corpos e se tornavam escravos a procura de um prazer ilusório. E entendia que pelo sadismo nos olhos dele que não era primeira vez que tentava machucar uma pessoa inocente. E daquele galho nas sombras das árvores de onde olhava pula e quebra o pescoço do homem. Estava acabado, o corpo como uma lampreia viscosa estava no chão, ali tinha acabado aquela história. Mais uma de várias pessoas que Lili tinha interrompido, mas não está feliz e também não sente orgulho do ato.

Já tinha machucado outras tantas pessoas, mas agora há algo diferente e não sente mais vontade de ir atrás do outro homem.



[Continua]

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